Como funciona a previsão do tempo

1. PROCESSAMENTO INTERNACIONAL
Para prever a temperatura de amanhã, é preciso conhecer o tempo hoje. Um modelo da atmosfera é gerado com informações coletadas por satélites, estações e radares espalhados pelo mundo todo. Ele é processado nos EUA, em máquinas capazes de fazer 260 trilhões de contas por segundo.

2. PROCESSAMENTO NACIONAL
Esse modelo é repassado a agências do mundo inteiro. No Brasil, os números são refinados para mostrar apenas o nosso país, em computadores menos potentes, capazes de 490 bilhões de contas por segundo. O modelo também usa medições feitas por aqui.

3. ANÁLISE DE INFORMAÇÕES
O processamento resulta em mapas com registros de vento, pressão, chuva e temperatura, que são analisados pelo meteorologista. Ele observa esses dados e escreve códigos em um mapa, que viram os ícones que você vê na TV.

4. PREVISÕES E CLIENTES
Além da previsão do tempo, que cobre até 15 dias, existe a previsão imediata, feita minuto a minuto, e a previsão de clima, que analisa registros históricos para adiantar a temperatura das próximas estações.

- A previsão imediata é utilizada para evitar raios nos funcionários que fazem a manutenção de torres de energia.

- Também pode ser usada para atrasar uma apresentação musical se a chuva for passar em pouco tempo.

- Uma produtora de sorvetes usa a previsão de clima para saber se o próximo verão será mais ou menos quente.

- Conhecer o clima é algo essencial na agricultura. Uma estiagem pode ser prevista com até um ano de antecedência.

POR QUE ELES ERRAM?
Normalmente, a Terra é a culpada. Nossa atmosfera hospeda tantos fenômenos simultâneos que é impossível medi-la completamente. Por isso, os dados precisam ser simplificados. E essas simplificações, mesmo que mínimas, geram erros nos mapas. O meteorologista costuma perceber e descartar os registros corrompidos. Se não fizer isso (ou fizer a previsão baseada em um dado errado), então, a culpa é dele.

Fontes Alexandre Nascimento (meteorologista), Sandra Saad (gerente de processamento) e Paulo Fioratti (gerente de negócios), da Climatempo. Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, dos EUA).